Voltei de Tokyo. Ainda não sei bem descrever esta última semana. Mas já cá estou outra vez. E uma parte de mim ficou lá, perdida nas luzes psicadélicas de Shibuya, e outra parte perdeu-se pelo caminho. Acho que as pessoas também vão deixando um rasto, como a cauda das estrelas cadentes, sem que com isso percam o seu brilho.
Estava cheia de saudades de viajar, de me desligar deste fuso horário e mergulhar de cabeça num filme diferente. Não pensei que fosse tão diferente. É estranho passear nas ruas de Tokyo. Acho que ainda vai demorar alguns dias até conseguir formular uma frase excelente que resuma o que senti. Até lá estou apenas mergulhada numa bruma estranha de surpresa, encantamento, espanto e nostalgia. E acho que ainda estou a flutuar na memória enebriante das sakuras. Das flores delicadas de existência efémera.
De um ponto de vista mais racional, pode descrever-se a viagem como "Aquela semana em que três portuguesas malucas palmilharam Tokyo até à exaustão, num desenrolar contínuo e exagerado de conversas idiotas e disparatadas (ninguém percebia, tínhamos que aproveitar)".
Fica aqui uma homenagem à nossa anfitriã: Hiyokochan! Fizeste com que eu me sentisse como se estivesse em casa, não nos largaste um segundo, levaste-nos a comer coisas maravilhosas, revisitaste os templos de Kamakura connosco, apresentaste-nos a pessoas espectaculares - levaste-nos a sítios que estavam fechados :P - não nos deixaste adormecer quando o jet leg apertava (abençoado Doutor!), introduziste-nos no fantástico universo das purikuras, até conseguiste arranjar um sismo para partilhar connosco (Ai!)... e tudo e tudo e tudo! Agradeço-te do fundo do coração por nos teres recebido tão bem aí desse lado do mundo.
1 comment:
por um queijo rabacal e um pao caseiro faco de tudo...(desculpem la a falta de acentos e cedilhas...)! foi um prazer!!
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